Gramínea de ciclo vegetativo perene e forma de crescimento decumbente.
• Adaptação:
Adapta-se muito bem a solos de média a baixa fertilidades e requer uma precipitação anual em torno de 1000 mm. Nada impede que seja usada em solos de fertilidade mais elevada, pois é altamente responsiva a fertilização química. Porém, em outras espécies mais produtivas, recomendadas para essas condições.
• Resistência:
Por ter um sistema radicular bem profundo, resiste muito bem à seca. Apresenta média resistência ao frio, boa tolerância a sombreamento e baixa tolerância a solos encharcados. É altamente susceptível à cigarrinha das pastagens.
• Indicação:
É indicada para pastoreio direto, para fenação e para fazer rolões, além de consorciar-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu. Não é recomendado seu uso para ensilagem.
• Taxa de semeadura:
1) A lanço: no período normal, compreendido entre os meses de outubro e fevereiro, recomenda-se 400 pontos de vc/ha. A partir daí, aumentar para 450 - 500 pontos de vc/ha.
2) Em linha: no período normal, recomenda-se 300 pontos de vc/ha. A partir daí, aumentar para 400 pontos de vc/ha. No caso de consorciação, reduzir cerca de 20% a quantidade de sementes da gramínea a fim de diminuir a competição entre plantas e, dessa forma, favorecer a leguminosa.
• Profundidade de plantio:
Incorporar as sementes no máximo à 4,0 cm de profundidade. Essa incorporação pode ser feita após a distribuição das sementes em toda área com o uso de grade niveladora fechada ou apenas usar um rolo compactador. Pode-se ainda, optar pela combinação das duas técnicas, o que, em geral, apresenta resultados superiores.
• Produção:
Sua produção média é estimada em cerca de 10 toneladas de matéria seca/ha/ano e composição de 7 a 9% de proteína bruta na matéria seca e 50 a 60% de digestibilidade in vitro. Possui boa palatabilidade.
• Manejo:
No período normal de plantio, apresenta tempo de formação em torno de 90 dias. O primeiro pastoreio pode ser feito nessa fase, entre 90 e 100 dias após a germinação. Nesse momento, a planta apresenta altura em torno de 80 cm. O gado deve ser retirado quando esta estiver com altura em torno de 30 cm.
Pode ocasionar problemas de fotossensibilização nos animais, provocada pelo fungo Phytomices chartarum, caso o manejo não seja adequado. Recomenda-se, portanto, não deixar formar muita massa em decomposição, pois essa é uma condição favorável ao fungo causador desse problema. Tal situação pode ser evitada, mantendo-se a pastagem sempre nas alturas de pastejo recomendadas, tanto na entrada quanto na saída do gado nos piquetes