Gramínea de ciclo vegetativo perene e forma de crescimento entouceirado.
• Adaptação:
Recomendada para solos de média a alta fertilidade, requer precipitação anual em torno de 1200 mm, sendo mais produtiva, porém, em precipitações anuais mais elevadas (1700 mm/ano). Difere das demais cultivares de B. brizantha, principalmente, por apresentar maior capacidade de rebrota e melhor relação folha/caule, o que reflete em melhor desempenho animal.
• Resistência:
Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que faz com ela seja considerada a B. brizantha de maior tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio e ao sombreamento. É susceptível à cigarrinha das pastagens e tolera encharcamentos médios de solo. Vale lembrar, no entanto, que essa gramínea não tolera alagamento de solo.
• Indicação:
É indicada para pastoreio direto, fenação e rolão. Consorcia-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu.
• Taxa de semeadura:
1) A lanço: no período normal (outubro a janeiro), usar 400 pontos de vc/ha. Em outros períodos, aumentar a taxa de semeadura para 450 pontos de vc/ha.
2) Em linha: no período normal, usar 300 pontos de vc/ha. A partir de então, aumentar para 350. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento das leguminosas.
• Profundidade de plantio:
Mesma indicação da B. brizantha (Marandu) e B. decumbens. Apresenta maior velocidade de estabelecimento que as demais cultivares de B. brizantha por possuir maiores reservas nutricionais nas sementes.
• Produção:
Produção variando de 20 a 30 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca, com 60% de digestibilidade in vitro e alta palatabilidade.
• Manejo:
O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve. Nesse momento apresenta altura em torno de 1,0 m e deve-se retirar o gado quando as plantas estiverem em torno de 30 cm. Costuma se dizer "que o gado não deve pegar frio nas canelas, somente do joelho pra cima". O primeiro pastoreio com gado leve é um fator essencial para a boa formação das pastagens.